A guerra do GPS

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Thundercel
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A guerra do GPS

Mensagem por Thundercel »

Europeus e chineses lançam seus sistemas de localização por satélite para competir com os americanos

Não vai demorar para que os Estados Unidos deixem de dominar uma área na qual reinam absolutos até agora.

Desenvolvido para fins militares, o GPS (sigla em inglês para Sistema Global de Posicionamento) conquistou o mundo e hoje é largamente usado para a localização de ruas e estradas, espalhando- se pelas telas de aparelhos portáteis, celulares e até mesmo relógios.

Pelo menos três novos sistemas devem competir com o americano. O mais próximo de operar é o Glonass, criado na Rússia. O sistema já tem 21 satélites em órbita, mas outros três devem estar funcionando até o fim do ano.

Uma pequena constelação dessas máquinas é essencial para que o sinal mandado de um aparelho na Terra possa voltar do espaço com as coordenadas corretas. A intenção da Roscosmos, a agência espacial russa, é disponibilizar gratuitamente mesmo a resolução mais precisa nos EUA, ela é exclusiva das Forças Armadas.

"O Glonass poderá detectar até a dilatação de um prédio ou de uma ponte”, diz Benjamim Galvão, da diretoria de satélites e aplicações da Agência Espacial Brasileira (AEB). Ele esteve em um encontro dos russos com autoridades e empresários brasileiros, no começo de abril, em São Paulo.

CONCORRÊNCIA
Os EUA criaram o GPS para fins militares. Já os russos e a Agência Espacial Europeia visam o mercado internacional


Já a União Europeia conta com o pagamento dos usuários para tornar rentável o seu sistema. Batizado de Galileo, ele deve entrar em operação até 2014. Sua resolução mais baixa, que pode ter uma margem de erro de até dez metros – como o GPS –, será gratuita. A precisão maior, na escala de decímetros, será oferecida a quem quiser pagar por isso.

“O sistema americano pode parar de funcionar e mesmo assim eles não precisam dar satisfação. Como o Galileo será puramente comercial, poderá dar mais garantias ao consumidor”, diz Roberto Lopes, especialista em satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Outro risco da dependência do GPS americano é que ele está à mercê dos interesses dos EUA. Exatamente por isso, a China também está investindo em sua própria tecnologia. Batizada de Compass (bússola, em inglês), ela só tem dois satélites na órbita da Terra, mas promete contar com 35 antes de 2015.

Os chineses, contudo, mantêm uma colaboração com os europeus no desenvolvimento do Galileo em paralelo. É claro que a concorrência pode ser benéfica aos usuários. “Quanto maior a constelação de satélites, melhor”, diz Lopes.

Receptores que recebem tanto o sinal russo quanto o americano, inclusive, já estão no mercado.

O Brasil tem interesse especial na questão, já que sofre com o fenômeno chamado de bolha ionosférica, provocado por imperfeições no campo magnético da Terra. Nessas áreas, o GPS chega a ficar sem sinal. “Pesquisas são fundamentais”, defende Galvão, da AEB.

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Autor:
André Julião
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Marcio M Soares
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smarca
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Mensagem por smarca »

Thundercel, tenho uma dúvida, talvez meio besta.

Hoje utilizamos o sistema GPS em nossos aparelhos.

Quando outros sistemas de satélites estiverem efetivamente disponíveis, nossos aparelhos poderão utiliza-los? Ou somente aparelhos específicos de cada sistema.

Como você ve esta questão?

[ ]ão.
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Thundercel
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Mensagem por Thundercel »

Sandro,

não respondo pelo GPS automotivo e sim pelo de uso aeronáutico.

Até quando participei de reuniões decisórias na Organização de Aviação Civil Internacional onde era debatido o emprego do GNSS para navegação aérea decidiu-se que novos sistemas para serem empregados deveriam ser recebidos pelo mesmo receptor (GPS) instalado no avião. Não sei se essa decisão continua porém acredito que sim já que não tem sentido o avião conduzir um receptor para cada sistema ou se mudar todos instalados nas frotas de formas que recebam de todos os sistemas disponiveis.

Por correlação acredito que nossos aparelhos receberão o sinal de qualquer sistema, mas isso é dedução e não afirmação.
Marcio M Soares
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joelsobrinho
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Mensagem por joelsobrinho »

Amigo Thunder,
Só especulando.
Vamos considerar que os nossos aparelhos possam receber os dados dos satélites concorrente, isto implica que a frequência portadora é a mesma e que o código de transmissão tb é o mesmo!! Teríamos então duplicidade de sinal e nossos equipamentos não saberia o que decodificar.
Provavelmente se tivermos a mesma portadora, teremos obrigatoriamente um frame com códigos diferentes para diferenciar de qual conjunto de satélite estaremos interessados em receber.
Isto posto, já podemos prever que nossos aparelhos atuais não terão esta capacidade, salvo atualização de firmware ou mais profundamente de hardware tb.
Joel
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Thundercel
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Mensagem por Thundercel »

joelsobrinho,

quanto mais satelites transmitindo maior será a precisão. Assim sendo que venham mais satelites.

O sistema incorpora a analise automatica para descarte do sinal de satelite que vem com erro por problemas de reflexão ou condições topograficas adversas.
Marcio M Soares
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