Júlio,
o conversor sempre foi necessário e sempre será. Como no Tracksource se desenha usando um terceiro programa (Trackmaker), faz-se sempre necessário a conversão das linhas, polígonos, POIs e etc para um formato (arquivo de texto puro) que será lido pelo compilador.
Esse conversor foi e continua sendo aperfeiçoado por eles mesmos.
Devemos compreender que o Tracksource, desde a sua criação e até hoje, emprega TAGs que são tratadas pelo conversor para serem reconhecidas, inicialmente, pelo compilador cGPSmapper. Para serem tratadas e reconhecidas pelo compilador Mkgmap é outra estória.
Além disso não podemos deixar de considerar que tendo sido descontinuado o compilador cGPSmapper, as TAGS antes estabelecidas e empregadas no Tracksource eram tratadas direcionadas para o cGPSmapper. Assim podemos inferir que tendo sido descontinuado esse compilador essas TAGs são antigas e não sofreram atualizações.
Já as TAGs empregadas para o compilador Mkgmap vem sofrendo constantes atualizações e incrementos.
Tendo o Tracksource migrado para esse compilador Mkgmap, a primeira tarefa dele, para não perder a base de dados, está sendo adequar os dados existentes para, pelo menos, serem reconhecidos pelo novo compilador, sem ainda preocupar-se com as melhorias implantadas pelo Mkgmap já que isso envolveria um grande trabalho de orientação aos desenvolvedores e desses para incluir os dados no mapa.
Vou dar um exemplo prático:
- Quando existe na base de dados as TAGs "destination" e "exit_to" em determinado trecho de via, o Mkgmap reconhece essas Tags, compila e faz com que no GPS o trecho com essa TAG seja reconhecido estampando distancia para ele quando do roteamento e comando de voz de manobra ao se aproximar dele.
Essas TAGs não são reconhecidas pelo compilador cGPSmapper e por isso o Tracksource não as tem em sua base de dados. O emprego delas neste momento envolveria um grande esforço dos desenvolvedores com o complicador da sobrecarga aos que ainda permanecem e que absorveram os mapas dos que deixaram o Projeto. Além dessas existem inúmeras outras reconhecidas pelo Mkgmap e inexistentes na base Tracksource que não sei quando poderão empregar.
Como disse, estão eles no momento preocupados em aproveitar a base de dados existente, mas para isso tem de transformar as antigas TAGs para TAGS reconhecidas pelo Mkgmap. Aí entra o conversor que está sendo por eles desenvolvido que na verdade e a grosso modo é um sistema que substitui nomes de TAGs.
Outro exemplo prático:
Uma via de acesso deve, para o cGPSmapper, dentre outras, receber a TAG <Trevo>. Já para o Mkgmap, esse reconhece uma via de acesso com a TAG "link_*".
O conversor substitui os caracteres <Trevo> por "link_*" porém fica um complicador porque para o Mkgmap o "link_*" deve receber no lugar do "*" a classe de via acessada. Isso exige ao conversor não só substituir o nome, mas também analisar e incluir a classe de via acessada.
Esse problema de compilador aliado com a evasão de desenvolvedores já pode ser sentido por utilizadores quando empregando o mapa Tracksource de nova versão, o TRC 15.08.
Aqui no Rio de Janeiro, onde resido e onde mais testo em campo mapas, constantemente identifico que o mapa TRC Brasil não vem acompanhando as inúmeras alterações no sistema viário e tampouco novos pontos de interesse implantados, como por exemplo o
Itaboraí Plaza Shopping. Esse importante shopping foi inaugurado no ano passado, não consta do TRC e tampouco as alterações no sistema viário para acesso a ele foram implantadas no mapa.
Inúmeras vias no Rio de Janeiro tiveram sentidos modificados e essas modificações não estão refletidas no TRC 15.08.
O problema do Tracksource, na minha opinião, é sério e de difícil solução a curto prazo.